Conflitos Emocionais Presentes em Doentes de Fibromialgia de Forma Inconsciente

Conflito do Cordeiro – Trata-se de um conflito gerado pelo medo de ter escolhido a pior direção, o caminho errado, quer este seja real ou imaginado/simbólico, como por exemplo, “A direção que tomo na minha vida não me satisfaz….Que estou a fazer aqui???, “ Não sei o que fazer “, “ Não sei onde ir”, Sinto pânico em enganar-me no caminho”. Como se sente perdido ou fora do rebanho, o doente entende que a melhor solução é ficar quieta (o). Esta tensão afeta as glândulas suprarrenais, mais precisamente o córtex supra-renal , que deixa de produzir cortisol para o ajudar a superar o stress, o que explica a hipersónia matinal e a falta de ânimo.

Conflito de Desvalorização – Este conflito afeta os ligamentos, tendões e músculos.

“Não posso com isto, é demasiado pesado para mim”, “ Se me movo para um lado não estou bem, se me movo para o outro também não estou bem, portanto não me movo”. “ Não sou capaz”, Não posso lutar”

Conflito de contacto familiar imposto – “ Devo cuidar de …. estar sempre com … viver com… ter que assumir ou obrigar-se a uma situação ou a alguém”. Neste conflito está presente a “ dupla obrigação”.

Medo à morte ou à existência – Este é o conflito mais arcaico e profundo.“Se não for fiel à minha família, eu não tenho razão nenhuma de existir”. É um problema de identidade, como se a existência dependesse só de um comportamento servil para com o outro. Pensar o contrário, leva a um forte sentimento de medo e de culpa, que por sua vez explica a falta de assertividade e a ausência de prazer em viver.

As pessoas que tem Fibromialgia dedicam-se totalmente aos cuidados dos avós, pais e irmãos, lavando-lhes a roupa, cuidando dos sobrinhos e fazendo favores. Ao longo do tempo, esperam inconscientemente ser reconhecidas ou que lhes agradeçam pela sua imensa dedicação. Contudo, como vivem em constante desvalorização pessoal, os familiares ou pessoas próximas acabam por reflectir as suas próprias carências emocionais e menosprezam a sua devoção. Paradoxalmente, as pessoas com Fibromialgia acabam por ser as mais criticadas, desvalorizadas e repreendidas pela família.

Existe uma crença base da Fibromialgia de uma forma inconsciente, como por exemplo: “Eu não tenho valor, só sirvo para ser para os outros. A minha vida depende deles, logo eles serão dependentes de mim. Uma sensação de impotência, ira ou nausea acompanham sempre este tipo de crença inconsciente.

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